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A INTELIGÊNCIA EM SAÚDE JÁ FAZ PARTE DO DIA A DIA DO SEU NEGÓCIO?

06.01.2021
Inteligência em Saúde

A Inteligência em Saúde chegou para ficar. Nascida da mistura entre saúde e tecnologia, o processo é completamente orientado ao mapeamento de dados, criação de indicadores, interpretação de comportamentos e predição de situações futuras. Em entrevista, os especialistas Fernanda Caldevilla¹ e Gutemberg Souza² detalham o modelo e explicam porque ele é 100% essencial para o mundo corporativo.

1. De uma forma abrangente, o que é Inteligência em Saúde?

GUTEMBERG: É um processo holístico e cíclico de gestão composto pela análise recorrente  de informações provenientes do comportamento coletivo dos beneficiários dos planos de Saúde de uma empresa.

A estruturação de tais informações leva à criação de indicadores que, por suas vez, ajudam a solucionar pontos críticos existentes e estabelecer métodos de prevenção. Esse ciclo deve garantir a promoção da qualidade de vida das pessoas e, consequentemente a sustentabilidade do sistema de saúde.

2. O século 21 é marcado pela chegada da Saúde 4.0 – um conceito que une a saúde ao investimento em tecnologia com a finalidade de ampliar a prevenção de doenças e o bem-estar físico e mental das pessoas. Já é possível ver esse conceito em prática no Brasil?

GUTEMBERG:
A Saúde 4.0 definitivamente chegou para consolidar a integração entre tecnologia e a saúde. Inclusive, já conseguimos observar soluções que estão sendo colocadas em prática: 

  • E-Saúde: presente em consultas de telemedicina;

  • Big Data: cada vez mais visto em desfechos clínicos e antecipações de rotinas;

  • IoT: a Internet das Coisas. Aplicada, por exemplo, em relógios que medem os batimentos cardíacos, ajudando a otimizar o monitoramento e indicar ações de prevenção. 

  • Aplicativos de saúde: que, a exemplo do HealthFY, possibilitam a gamificação da gestão coletiva de saúde e geram resultados muito positivos.
Entre outros.

Na MDS, a Saúde 4.0 já é uma realidade manifestada através do nosso BI – o HealthLink – e das análises integradas e preditivas que desenvolvemos. 

De qualquer forma, vale ressaltar que a transformação digital é um caminho contínuo a ser percorrido, sem perder o foco no bem-estar dos beneficiários e na saúde financeira das empresas.

3. Como a Inteligência em Saúde pode ser aplicada nas empresas?

GUTEMBERG: O primeiro passo é ter a assessoria de um parceiro especializado para trabalhar nos três pilares fundamentais para a Gestão de Saúde: Gestão de Dados, Construção de Indicadores e Transformação dos dados em Ações Cíclicas Reais

Além disso, é necessário contar com um time ativo e capacitado para agir de forma eficiente e constante, afinal, Inteligência em Saúde é um processo, e não um projeto e, por isso mesmo, a eficiência só será percebida em médio e longo prazo. Em suma, é fundamental criar métodos e inserir os planos no funcionamento natural da empresa. O suporte da alta liderança e a resiliência também são fatores de de extrema importância para que a Gestão de Saúde se perpetue na cultura organizacional.

4. Além de prevenir enfermidades, reduzir a necessidade de tratamentos paliativos, que outros benefícios a Inteligência em Saúde proporciona para empresas e colaboradores? 

FERNANDA:
Os benefícios a empresas e colaboradores são inúmeros, mas vale destacar alguns dos principais:

  • Monitorização da saúde e mapeamento de doenças à distância, encurtando o tempo de ação e otimizando o tempo de resposta resolutiva;

  • Atendimento mais humanizado, uma vez que a integração das informações e a disponibilização dessas através de sistema de gestão em nuvem permite maior foco no paciente. Esse formato de atendimento enxerga os pacientes como seres único em uma trilha de cuidado;

  • Redução das despesa com o plano de saúde, pois, através da educação continuada e do compartilhamento de informações assertivas para a gestão, o usuário é colocado no centro do cuidado e tende a diminuir a frequência de consultas e procedimentos desnecessários. 

  • Melhor desenho do benefício concedido, através dos indicadores gerados em BI que possibilitam visualizar e entender onde estão e quais são as ”torneiras que podem ser fechadas”.


5. Quais são os benefícios financeiros e operacionais da Inteligência em Saúde para o RH das empresas? 

FERNANDA: 


A) Financeiros:
com a redução da utilização esperada em médio e longo prazos, a tendência é ter negociações de reajustes mais equilibradas que, consequentemente, gerem um saving para a companhia. 

A Inteligência em Saúde também promove uma inversão de valores que, infelizmente, ainda são culturais em nosso país: aos poucos, recursos podem passar a ser realocados e investidos em ações de prevenção e promoção da saúde, e não apenas em gestão de doenças.

A Inteligência em Saúde também promove uma inversão de valores que, infelizmente, ainda são culturais em nosso país: aos poucos, recursos podem passar a ser realocados e investidos em ações de prevenção e promoção da saúde, e não apenas em gestão de doenças.

O modelo também contribui para a mudança gradual no estilo de vida e no comportamento da população. É comprovado, por exemplo, que a redução de 1% na prevalência de fatores de risco como obesidade, hipertensão e diabetes, pode reduzir de U$83 a U$103 por ano por pessoa. Logo, nota-se que investir na promoção da saúde está diretamente relacionado a saving financeiro, e isso só é possível através de uma gestão inteligente – e tecnológica – de saúde.

B) Operacionais: A manutenção da saúde dos colaboradores e de seus familiares, com total certeza, gera muito mais eficiência operacional, seja por redução de absenteísmo e de turnover e, até mesmo, aumento da disposição para entregas. Em linhas gerais, quem está saudável se sente feliz, seguro, preparado e, com certeza, mais engajado. 

Além disso, não podemos fugir do tema "humanizar”, mesmo quando falamos em dados, tecnologia e finanças. Embora dotada de análise técnica, a Inteligência em Saúde nos ajuda a lembrar que, por trás de cada indicador, existe uma pessoa com comportamentos, expectativas, objetivos, família e tudo mais que possa influenciar em resultados individuais e coletivos.


6. Na sua opinião, as empresas do País já reconhecem a importância de agregar ferramentas e processos tecnológicos à saúde?

FERNANDA: Diversos segmentos do mercado precisaram investir em ferramentas que facilitam a dinâmica de trabalho e assim, poderem estar alinhados aos padrões e tendências. E, aos poucos, as companhias brasileiras chegam à conclusão que a mesma necessidade existe também nos processos de Gestão de Saúde e Benefícios. Inovação e tecnologia são fatores essenciais para o sucesso das empresas, ainda mais considerando a competitividade, que é marca registrada atual do cenário corporativo, e as mudanças sistemáticas trazidas pela transformação digital.

7. Quando se fala sobre Inteligência na área da Saúde, o termo "análise preditiva” é frequente. O que é e como funciona essa análise?

GUTEMBERG:
Análise preditiva é a utilização de dados, técnicas e algoritmos estatísticos para identificar a probabilidade de resultados futuros a partir de dados históricos. Mais do que simplesmente buscar entender fatos que já aconteceram, este tipo de análise se baseia em fatores precedentes e, a partir deles, permite antecipar a problemas e gastos evitáveis. 

A análise preditiva vem sendo usada por diversas empresas de múltiplos setores para reduzir riscos, otimizar operações e aumentar receita. Por meio dela, além de entender como e por que um evento aconteceu, é possível ter insights sobre o que está por vir. 

8. Ferramentas, plataformas e processos: quais os que a MDS utiliza para otimizar a Gestão de Saúde de seus clientes?

FERNANDA:
A MDS tem um robusto time de inteligência de mercado que, por meio de ferramentas tecnológicas, converte os dados das operadoras de saúde em indicadores de saúde e os armazena em um banco de dados de excelente qualidade, segurança e conformidade com a LGPD e todos os requisitos do setor. Os indicadores processados são exibidos em uma das mais modernas plataformas de Business Intelligence do mercado.  

Além disso, contamos com um comitê interno de Health Intelligence multidisciplinar, composto por médicos, gestores especializados e cientistas de dados. Juntos, esses profissionais trabalham para desenvolver a entrega de indicadores e análises de acordo com as necessidades estratégicas de cada cliente. 

Para completar, disponibilizamos especialistas em metodologias de gestão de melhoria contínua para capacitar as equipes que utilizarão os dados e ajudá-las a trabalhar de forma mais eficiente e ágil. 

9. Quais são os pré-requisitos para que uma empresa contrate serviços e produtos de Inteligência em Saúde da MDS? 

FERNANDA: Não há pré-requisitos técnicos. O importante é que o cliente tenha disposição e queira mergulhar nos indicadores gerados pelo processo, pois o maior valor agregado da Inteligência em Saúde são as ações que serão tomadas a partir das informações a serem conhecidas.  

Essas foram algumas informações que deixam claro o valor de agregar processos de Inteligência não somente aos negócios, mas ao sistema de saúde brasileiro como um todo. 

Agora que você já está por dentro do assunto:

 

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¹ Fernanda Caldevilla é Gerente de Gestão Estratégica de Saúde da MDS Brasil.

² Gutemberg Souza é Superintendente de Inteligência de Negócios e Mercado na MDS Brasil.